segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O Coringão voltou!




O retorno à série A ocorreu rapidamente, de forma estarrecedora, irretocável. O "Todo poderoso timão" deve esta façanha quase que exclusivamente a sua massa enlouquecida e verdadeiramente comprometida com o clube. A torcida que se auto-intitula maloqueira e sofredora jamais esteve ausente do cotidiano de seu clube, seja no comparecimento aos estádios ou na exigência da expulsão de Alberto Dualib e Nesi Curi, ex-presidente de vice do clube, principais responsáveis pelo rebaixamento da mais popular equipe do Estado de São Paulo, a partir dos inúmeros desvios financeiros, os quais chegaram, até aqui, a quatorze milhões de dólares.

É inegável, ao mesmo tempo, o profissionalismo e competência da comissão técnica e boa parte daqueles que compõem o elenco alvinegro. Sempre sóbrio, Mano Menezes soube conduzir a equipe sem uma única turbulência, situação rara em uma equipe do tamanho do Corinthians, sempre rodeada pelos holofotes e gravadores da imprensa.

Quanto aqueles que vestem a camisa, põem as chuteiras, adentram ao gramado e efetivamente escrevem a história, chamo atenção ao goleiro Felipe e o atacante Dentinho. Ambos, enlouquecidos com a festa promovida pela torcida e emociados pela razão da presença na equipe que caiu de divisão em 2007, pularam o alambrado e foram comemorar com a mais popular torcida organizada do clube: Gaviões da Fiel. Provavelmente esta incursão à área destinada aos torcidores mais fanáticos possui cunho político, pois este grupo goza de credibilidade perante a população, imprensa e clube. Entretanto, inflamado de alegria, desconsidero esse prisma e enalteço o comportamento de ambos, em virtude de jamais ter visto uma comemoração tão valente e popular.

Realce positivo também às campanhas de marketing propostas pela direção do clube. É evidente que nestes casos os acertos e erros são demasiados, como a sacramentalização dos slogan "Eu nunca vou te abandonar" ou a péssima escolha de Roberto Carlos como grito de rotorno à elite do futebol no Brasil, respectivamente. O que enalteço aqui são as tentativas de conquista de renda a partir de outros métodos e a busca pela auto-suficiência, pois muitos clubes do país, detentores de grandes torcidas e patrimônios, estão imersos em dívidas e dependem da venda de jogadores para fecharem seus caixas no azul.

Na contramão, peço atenção e faço coro aos corintianos que continuem a fiscalização da diretoria alvinegra, em virtude da ocorrência de vários indícios relacionando-os a escândalos financeiros semelhantes aos da antiga gestão fraudulenta.

De qualquer modo, comemorem corintianos! Nós voltamos e com certeza faremos frente às principais equipes do país.

O CORINGÃO VOLTOOOOOU!

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