quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Polêmica ao redor da Casa Branca...


Segundo o jornal “The New York Times”, em denúncia apresentada à Justiça americana pelo FBI, o deputado democrata Jesse Jackson Jr., de Illinois, filho do reverendo e ativista político Jesse Jackson, pré-candidato à presidência dos Estados Unidos em duas oportunidades e que chorou efusivamente pela vitória de Barack Obama, é o “candidato 5”, identificado nas investigações a respeito da sucessão do novo presidente no Senado. O rolo se dá pela razão de, no Estado de Illinois, a indicação partir por indicação do governador, que, no caso, é Rod Blagojevich.

Ao todo são seis candidatos à ocupação da cadeira deixada por Obama. Conforme apuração do mesmo jornal, as escutas contam que o governador disse a um interlocutor que o “candidato 5” ofereceu-se a levantar US$ 500 mil em troca da tal indicação. Em outra conversa, o governador afirma que indicaria o “candidato 5” mesmo a despeito de Obama, a não ser que o presidente eleito, hipoteticamente, oferecesse à mulher dele, governador, um cargo remunerado na diretoria de uma empresa.

Logo após a divulgação da suspeita à imprensa, Jesse Jackson Jr., convocou uma coletiva e disse: “Nunca enviei qualquer mensagem ou qualquer emissário ao governador para fazer ofertas em meu benefício ou propor algum acordo por uma cadeira no Senado. Ponto final”.

Ontem, quarta-feira, Obama defendeu a renúncia de Rod Blagojevich e que, ao mesmo tempo, a Assembléia Geral do Estado fique encarregada da escolha de seu sucessor no Senado. Contudo, a lei do Estado, como já dito, defende que a escolha cabe, apenas, ao governador. Pior, apesar de comprovada a participação de Blagojevich no esquema, ele nega todas as acusação e, por isso, não dá sinais de planejar abdicar do cargo e defende a manutenção da legislação. Blagojevich foi preso por agentes do FBI ontem, mas acabou solto ao fim do dia, como acontece no Brasil, após pagamento de fiança de US$ 4.500 (R$ 10.900 aproximadamente).

É fundamental que o novo presidente faça votos contra a postura de Blagojevich e Jackson, responsáveis pelo primeiro estouro administrativo da era Obama, com o propósito de sustentar o ideal moral de um governo que, diretamente, ainda nem começou. Dá palpites, nada mais.

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